Efeitos do exercício físico em mulheres portadoras da síndrome da fibromialgia

A fibromialgia é caracterizada como sendo uma síndrome músculo-esquelética difusa e está presente predominantemente em mulheres. Seus principais sintomas são: dor crônica, fadiga e acometimento emocional. A atividade física resistida como aerobia é hoje uma das principais formas de tratamento para fibromialgia. Para melhor entender o que é a fibromialgia, pode ser bastante útil realizar uma análise etimológica de seus termos: do latim, o radical “fibro”, quer dizer ligamentos, tendões, tecido fibroso. Do grego, “mio”, significa tecido muscular.


A prevalência da fibromialgia se dá entre 0,66 e 4,4% da população mundial, segundo pesquisa feita pela Escola Americana de Reumatologia (American College of Rheumatology). Afeta predominantemente pacientes do sexo feminino, com pico de incidência entre 30 e 60 anos de idade. Os tender-points que são nada menos do que pontos de digito pressão dolorosos, podem ser critérios na classificação para o diagnostico da SDF 1) queixas freqüentes de dor difusa por um período de pelo menos 3 meses 2) apresentação de dor difusa em no mínimo 11 dos 18 pontos anatômicos (tender-points).

Localização dos pontos dolorosos:

Occipital
Cervical baixa
Trapezio
Supra-espinhoso
Costocondral
Epicôndilo lateral
Trocânter maior
Glúteo
Joelho


Os benéficos efeitos clínicos do exercício físico no tratamento da SDF mostram o quanto o profissional de educação física é um importante colaborador na busca de um nível ótimo de bem-estar pessoal.

A atenuação dos tender-points se da fisiologicamente falando com a pratica de atividades físicas, que contribui diretamente na liberação do hormônio endorfina por exemplo, colaborando assim para um aumento significativo na sensação de bem-estar e disposição para a vida

Tratando a SDF com exercícios:

Condicionamento aeróbio deve ser prescrito para todos, exceto quando houver condição associada que o contra-indique. Treinos de força e alongamento são seguros e podem ser prescritos se não houver contra-indicação para treino aeróbio ou por preferência do aluno. As cargas devem aumentar progressivamente (treino escalonado), diminuir carga quando houver sintomática, evitar super-treinamentos, minimizar contrações excêntricas.

A preferência do paciente deve ser considerada na escolha da modalidade. Toda modalidade deve ser de leve a moderada, levando em consideração a preparação do aluno.

Além de promover analgesia, o exercício físico também atua favoravelmente sobre estados de estresse, depressão e ansiedade, quase sempre presentes em fibromiálgicos. Tomando o conjunto destes efeitos, pode-se dizer que portadores de fibromialgia podem beneficiar-se com um estilo de vida ativo sob diferentes aspectos relacionados à qualidade de vida.
 Artigo escrito por: Felipe Lustosa Azevedo de Gusmão